Isto Não É Uma Carta de Aniversário

 

 It’s a Wonderful Life (A Felicidade Não Se Compra)


Isto Não É Uma Carta de Aniversário

Dirijo-lhe estas palavras com reverência e consideração, para que sinta não apenas o amor que trago em meu coração, mas, sobretudo, o Amor d’Ele, que transcende todo entendimento. E que compreenda que cada frase aqui escrita serve mais para mim do que para ti, e também para aqueles que ainda não O ouvem.

Antes de prosseguirmos, sei que pode discordar destas palavras e até duvidar delas. No entanto, são as crenças pelas quais estou disposto a morrer, pois, como disse Santo Inácio de Antioquia: “Sou trigo de Deus, moído pelos dentes das feras, para tornar-me pão puro de Cristo.” Acreditar nelas ou não depende apenas de seu coração e da pessoa que pode se tornar. Quem sou eu para impor algo? Quem sou eu para determinar rumos? Não desejo que se curve diante destas palavras, mas que escute, pois até os que duvidam podem encontrar a verdade. O próprio Senhor nos ensinou: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mt 11,15).

A vida é sua, não a minha. Desejo que seja guiada pela Verdade, pois Ele mesmo disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). E salva por Ele, pois fora de Cristo não há salvação, como atestam os santos que entregaram suas vidas pela fé. Mas essa é uma questão sua com Deus. Eu não devo me intrometer, pois “o Senhor conhece os corações e julgará cada um segundo suas obras” (Ap 22,12). Quando chegar o dia do juízo, eu não estarei ao seu lado para advogar em seu favor, pois somente o Justo Juiz poderá pesar sua alma na balança da eternidade.

Sou apenas um nada. Nada tenho além da graça que me sustenta, e sou pequeno diante da imensidão da Verdade. Como disse Santa Teresinha do Menino Jesus: “A santidade não está em tal ou tal prática; está numa disposição do coração que nos torna humildes e pequenos nas mãos de Deus, conscientes da nossa fraqueza e confiantes até à ousadia na Sua bondade de Pai.” Se algo precisa ser corrigido, cabe a você mesma fazê-lo, pois cada um prestará contas da própria vida. Conselhos não têm valor se o coração estiver fechado para a sabedoria, pois mesmo as palavras mais santas ressoam vazias aos ouvidos endurecidos.

Prometi não mais falar da vida alheia, nem sugerir o que cada um deve decidir, pois a liberdade que Deus nos deu deve ser respeitada. Como disse Santo Agostinho: “Ama e faze o que quiseres.” Mas o que escrevi aqui é para ser meditado ou esquecido; a escolha é sua. Você é livre para acolher ou descartar, para forjar sua própria lei ou viver a Lei que me guia e pela qual estou disposto a morrer. Pois sei em quem depositei minha fé, e sei que Ele é fiel e justo para conduzir ao bem aqueles que Nele confiam.

Encontre-O enquanto pode ser achado, acredite n’Ele enquanto Ele permite, e chore enquanto ainda pode derramar lágrimas. Pois, se não o fizer enquanto há tempo, quando desejar chorar, verá que as lágrimas já não cairão; estarão presas dentro de ti. Como nos advertiu Santo Afonso de Ligório: “O inferno está cheio de almas que pensaram ter tempo suficiente para se arrepender.” Busque-O enquanto estás viva, pois Ele está à porta e bate.

Gostaria de lhe perguntar algo, mas não me responda. Você sabe de quem falo? Se realmente sabe, pergunte-se, no mais íntimo de sua alma, se de fato acredita n’Ele, no que eu acredito. Mas não repita apenas o que todos dizem, pois a verdade não se encontra em palavras vazias. Se acredita, então mergulhe nessa verdade, como quem se lança a um oceano profundo, sem hesitação, até que seja consumida pelas águas vivas da misericórdia divina. Pois, como disse São João da Cruz: “No entardecer da vida, seremos julgados pelo amor.”

A fé é racional. Não se sustenta em meros sentimentos fugidios, como muitos pensam. Antes, a razão é seu alicerce, e ela é única. Como ensinava Santo Agostinho, a fé e a razão não se opõem, mas se complementam, pois ambas procedem d’Aquele que é a própria Verdade. Não se mistura com crenças passageiras, nem pode ser moldada ao bel-prazer dos caprichos humanos.

Este é quem me tornei. Mas não quero falar de mim, pois minha história nada significa diante da eternidade. Nem mesmo meus amigos sabem quem sou de fato, e assim será até o último instante de minha vida. Serei um mistério, como Deus é um mistério insondável, revelando-Se apenas àqueles que O buscam de coração puro. E desejo o mesmo para a vida dos meus amigos, pois, assim como não falo de mim, tampouco desejo falar deles. Não julgo ninguém, pois não sou a justiça. “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7,1). Se fosse um historiador, não teria interesse nas vidas daqueles que os cercam, pois só há uma história digna de ser contada: a da Redenção.

Além disso, há algo importante a ser dito: homem algum pode tornar verdadeiramente feliz o coração humano. Se busca essa felicidade neles, comete um grave erro. “Maldito o homem que confia no homem” (Jr 17,5), pois a felicidade não advém dos mortais, mas d’Aquele que nos criou. Santa Teresa d’Ávila dizia: “Só Deus basta.” A mulher que busca alegria em outro e não dentro de si – ou dentro d’Aquele que formou o universo do nada – trilha um caminho de desilusão e será infeliz até o último suspiro, sempre esperando encontrar aquilo que apenas Deus pode conceder. Mas a morte sempre chega antes da felicidade mundana desejada.

Se nossa vida muda para melhor apenas porque iniciamos um relacionamento, significa que não temos controle sobre nós mesmos e depositamos em outrem o peso de nossa existência. Mas se nossa mudança se dá por causa de um mero alguém que mal entrou em nossas vidas, então, na verdade, não mudamos. Continuamos os mesmos, repletos de imperfeições, atolados na lama de nossas paixões desordenadas. Devemos buscar ser nossa melhor versão por nós mesmos, por nossa alma e por nossa salvação – sobretudo por Aquele que foi flagelado, coroado de espinhos e crucificado para nos resgatar. “Fostes comprados por um grande preço” (1Cor 6,20). Não se deve entregar a vida a um homem que não derramou seu sangue por você. Pois eles são apenas isso: homens. Pó e cinza. Nada além de vermes rastejantes que retornam à terra.

O corpo humano é uma das obras mais sublimes da criação, templo vivo do Espírito Santo (1Cor 6,19). Sua pureza é um dom imensurável, concedido pelo Criador, que sussurra aos ventos e conhece cada batida de nosso coração. Ele, que vê além do tempo, sabe os caminhos pelos quais a morte nos alcança. Sabe cada segredo, cada medo, cada desejo de nossa alma, pois tudo Lhe pertence. E o que nos cabe é não macular, não destruir o jardim que Ele plantou. Como advertia São João Maria Vianney, a impureza é o caminho mais rápido para a perdição. Não chame convidados indignos para profanar o templo sagrado de seu corpo, já tantas vezes ferido pelo mundo. Pois um templo profanado está à beira do fogo, e o fogo queima sem piedade.

Não permita que as mãos e os pés dos filhos degradados de Eva toquem o que é puro e belo, sem que antes o Verbo una essas almas por Suas palavras e pelo sacramento que Ele instituiu. Pois está escrito: “O que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,6). Todo aquele que se entrega à profanação e cede à tentação da carne zomba do amor perfeito, do Criador de almas, d’Aquele que fez cada ser humano à Sua imagem e semelhança (Gn 1,27). Ele deseja habitar em nosso templo, como diz São Paulo: “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Cor 3,16). Mas como poderá fazê-lo, se nossas almas estão manchadas pelos desejos e prazeres do egoísmo? Sem castidade, sem o tempo devido para que duas almas se unam sob o dom da vida, afastamo-nos daquilo que Ele sonhou para nós desde a eternidade.

Muitos fracassam na busca do amor, acreditando que encontrarão aquilo que julgam merecer pelo tanto que sofreram. Mas quem pode dizer que é digno? “Quem poderá subir à montanha do Senhor? Quem tem mãos inocentes e coração puro” (Sl 24,3-4). O amor não é aquilo que vemos nos relacionamentos fugazes das multidões, nem nas ilusões dos filmes e das canções que o mundo entoa. A cultura pop moldou um simulacro de amor, mas “não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo” (1Jo 2,15), pois nada que vem do mundo pode ser plenamente verdadeiro.

O amor não é invenção humana, mas dom divino, pois “Deus é amor” (1Jo 4,8). Ele o criou antes mesmo de existir uma única alma neste mundo, e apenas n’Ele encontramos seu verdadeiro significado. Mas os corações inquietos buscam nas sombras aquilo que só existe na luz. A partir do momento em que somos maltratados, não somos amados. Onde há discórdia, não há amor. Onde reinam a raiva e o ciúme, não é amor que fala, mas nossos pecados clamando alto contra nós.

O amor não nasce das trevas nem da profanação. Não te enganes quando disserem que foste amada por aquele que feriu tua alma e manchou tua pureza. Isso não foi amor, mas um instante de prazer passageiro, ilusões mundanas travestidas de felicidade. Como pode a união de duas almas perdidas constituir uma família, se brincam com o sagrado como crianças inconsequentes? “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem” (Sl 127,1).

Santo Agostinho nos adverte: “Ama e faze o que quiseres. Se calas, cala por amor; se gritas, grita por amor; se corriges, corrige por amor; se perdoas, perdoa por amor. Tenha dentro de ti a raiz do amor, porque dessa raiz só pode brotar o bem.” O amor verdadeiro não é posse, desejo ou emoção fugaz. Ele é uma decisão, um compromisso com o bem, com a verdade e, sobretudo, com Aquele que é o Amor encarnado e que, por nós, entregou-Se ao madeiro da Cruz.

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Não nos contentemos com amores fugazes, com felicidades momentâneas mascaradas de amor. Busquemos, antes, Aquele que nos amou primeiro e que nos ensinou o que é o verdadeiro amor (1Jo 4,19). Pois o amor verdadeiro não nasce das ilusões do mundo, nem das paixões que cegam a alma e a desviam do caminho da verdade. Ele não se encontra na posse, no desejo ou na entrega precipitada, mas na renúncia e no sacrifício que nos une àquele que é o próprio Amor. São Francisco de Sales nos ensina: “O amor autêntico não se mede pela intensidade dos sentimentos, mas pela firmeza da vontade.”

Talvez ainda não saibas o que agrada ao Criador da realidade. Talvez te assustes ao descobrir o que O alegra. Mas é a Ele, e não aos homens, que devemos buscar agradar primeiro. “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6,33). Tudo o que fizeres, faze para Ele. Se cantares, canta para Ele. Se chorares, chora diante d’Ele. Se sonhares, confia a Ele teus sonhos em segredo. Santa Teresinha do Menino Jesus nos ensina que a santidade está nas pequenas coisas, nas intenções puras e na entrega total ao Senhor. Somente depois de termos oferecido tudo ao Altíssimo, estaremos prontos para dar ao homem o que é justo. Só então saberemos quando dizer sim e quando dizer não, pois teremos no coração a luz da Verdade que não engana.

Não amamos por imposição, por desejo ou por uma falsa certeza que nos convence de que estamos no caminho certo. O amor verdadeiro não nasce de nossas próprias construções, mas das práticas ensinadas por Aquele que é o Amor encarnado. Pois se o amor viesse de nós, ele seria imperfeito, frágil e corrompido pelo egoísmo. Mas porque vem de Deus, ele é eterno, puro e fiel.

Se não amas Aquele que é o próprio Amor, como poderás amar uma única alma? Se desejas o mal ao teu semelhante, se falas contra ele, se não suportas suas falhas e pecados, se não sabes calar diante da ofensa, como poderás amar? O amor não se manifesta em paixões voláteis, pois a paixão obscurece, mas o amor ilumina. O afeto pode despertar por palavras e encontros, mas jamais pela entrega desordenada do corpo. Pois “o amor é paciente, o amor é bondoso... não busca seus próprios interesses” (1Cor 13,4-5). A pressa em se entregar revela a impaciência da carne, mas o verdadeiro amor sabe esperar. São João Crisóstomo advertia: “A castidade é a rainha das virtudes” — e sem ela, a alma se perde nos enganos do mundo.

Se não amamos verdadeiramente aqueles que desejamos acompanhar na vida, por que insistimos? Isso não é amor, mas um engano que conduz à desilusão. Se alguém diz ter sentido algo no prazer momentâneo, não amou de fato, apenas se iludiu no ardor de um instante passageiro. O amor não se encontra na troca intensa de beijos, nem no entrelaçar dos corpos, pois ainda que pareça belo sob a luz das velas e o efeito do vinho, entristece o Criador, que nos fez para algo maior. São Tomás de Aquino ensina que “amar é querer o bem do outro” — e não simplesmente desejar ou possuir.

Pois quem somos nós para questionar a ordem do Altíssimo e viver segundo nossos próprios desejos? “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas” (Jr 17,9), mas Deus vê além das aparências e sonda os corações. Santa Catarina de Sena dizia: “Nada há de mais ilusório do que amar sem Deus”, pois quem busca o amor fora d’Ele busca apenas a própria ruína. Entregar o que há de mais puro em nós sem discernimento é uma escolha que faz a alma chorar. É caminhar às cegas, sem saber a quem se dará a mão para seguir rumo ao eterno.

Pois conhecemos a essência de cada um pelo que ele ama—e se não ama o que é verdadeiro e eterno, então caminha rumo ao nada. Quem ama as riquezas e o poder já tem sua alma obscurecida, pois “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” (1Tm 6,10). Quem ama apenas os prazeres da carne, torna-se escravo da própria lama. Quem se entrega ao que é profano, será profano. Aquilo que amamos nos define. Se amamos o que é vil, nos tornamos vis. Mas se amamos o que é puro, verdadeiro e eterno, então nosso coração estará em Deus, e n’Ele encontraremos o amor que jamais se corrompe.

As escolhas que fazemos determinam nosso destino. O verdadeiro amor não é passageiro, mas eterno, pois foi sonhado por Deus para todos nós. A plenitude desse amor se encontra no casamento, tão antigo quanto o próprio tempo, instituído pelo próprio Criador para a santificação dos esposos. Conhecemos pessoas e as escolhemos para compartilhar a vida até a morte—não para agir de maneira infantil e leviana, fingindo um compromisso que não existe. O amor não se reduz à troca de prazeres ou à ilusão de intimidade que a nudez pode proporcionar. Não conhecemos verdadeiramente alguém dessa forma. O que se ouve nesses encontros apressados não são canções angelicais, mas os risos das potestades e dos espíritos malignos, que se alegram na degradação das almas.

São João Paulo II, na Teologia do Corpo, nos recorda que o amor autêntico não é aquele que usa o outro como um meio de satisfação, mas aquele que se doa plenamente, sem reservas, na fidelidade e no respeito mútuo. O amor que apenas busca a própria satisfação não é amor, mas egoísmo disfarçado. “Ama-se verdadeiramente quando se deseja o bem do outro e se está disposto a sacrificar-se por ele”, dizia Santa Gianna Beretta Molla.

Nem tudo que nos parece belo é verdadeiro. O essencial é invisível aos olhos, pois o maligno se esconde nas ilusões e crenças infundadas dos ingênuos deste mundo, aqueles que deixam sua alma ser ceifada ao seguirem cegamente os encantos ilusórios das narrativas modernas. São Padre Pio advertia: “O demônio tem apenas uma porta para entrar em nossa alma: a vontade. Não há fechadura, nem chave, se não a deixarmos aberta.” E muitas vezes, é no desprezo às virtudes e na busca desenfreada pelos prazeres efêmeros que abrimos essa porta.

Devemos, pois, preservar a pureza e a modéstia em nosso falar, em nossos pensamentos, em nosso modo de vestir, em nossos encontros—sejam eles de amizade, de família ou de amor. A castidade não é uma repressão, mas uma virtude que eleva e fortalece a alma, tornando-nos senhores de nossos desejos em vez de escravos deles. Santa Faustina nos recorda: “Uma alma pura é um incenso diante de Deus.” E quem ama verdadeiramente, ama com um coração puro, sem interesses, sem pressa, sem ilusão.

O mundo pode rir da virtude e exaltar a degradação, mas o olhar de Deus vê além. Um amor que não nasce da verdade e da vontade divina é como uma casa construída sobre a areia—desmorona ao primeiro vento forte. Mas o amor edificado na obediência a Deus é um edifício inabalável, firmado na rocha da fé e sustentado pela graça.

Que nossas escolhas nos conduzam sempre ao que é eterno, e que saibamos amar não conforme o mundo ensina, mas como ensina Aquele que é o próprio Amor. 

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Talvez, para compreender melhor essa verdade, devêssemos olhar para filmes como It’s a Wonderful Life (A Felicidade Não Se Compra) e Viaggio in Italia (Romance na Itália). Essas obras capturam algo que se perdeu com o tempo, destruído pela modernidade e pelos filhos mimados da rebelião, que abandonaram a ordem e o sentido verdadeiro da existência. Mas não pelos filhos de minha amadíssima e puríssima Mãe, aquela que viveu ao lado de seu castíssimo esposo e de seu Filho, o Verbo Encarnado, que criou todas as coisas e nos ensinou o amor em sua forma mais bela e dolorosa.

"O matrimônio é o espelho do amor divino, e nele se reflete a fidelidade do Cristo à Sua Igreja", dizia São João Crisóstomo. A união entre duas almas, se não for selada pelo sacramento e pela promessa eterna, está fadada à ruína. Como escreveu São João Paulo II: “Cristo manifesta o amor com que a amou [a Igreja] dando-se por ela. Aquele amor é a imagem e, acima de tudo, o modelo do amor que o marido deve manifestar à esposa no matrimônio, quando ambos estão submetidos um ao outro ‘no temor de Cristo’” (25 de agosto de 1982).

Um casal que não sonha com filhos, que não deseja gerar, criar vidas e cuidar de órfãos, rejeita o mais sublime dos dons: a pureza das crianças, reflexo da inocência do céu. Se a união não busca frutificar, não compreende o sentido do amor, pois este se dá por inteiro e deseja perpetuar-se. "Os filhos são a mais bela coroa do matrimônio", ensina Santo Agostinho, pois neles se manifesta a fecundidade do amor divino.

São João Paulo II também advertiu: “Porque ao mesmo tempo ‘o ato conjugal une profundamente os esposos (…) e os torna capazes de gerar novas vidas’, e ambas as coisas acontecem ‘por causa da sua estrutura íntima’, segue-se que a pessoa humana (com a necessidade própria da razão, a necessidade lógica) ‘deve’ ler contemporaneamente os ‘dois significados do ato conjugal’ e a ‘conexão inseparável entre os dois significados do ato conjugal’. Trata-se de ler na verdade a ‘linguagem do corpo’” (11 de julho de 1984).

A verdadeira conexão dos casais se dá pela razão e pela lógica, mas transcende-as, pois é o próprio Deus quem os une. Se o vínculo entre duas almas não for concedido pelo Eterno, não passará de um laço frágil e terreno, destinado à poeira do tempo. Como ensina Santo Tomás de Aquino, "o amor verdadeiro não busca seu próprio prazer, mas a doação de si mesmo pelo outro, pois nele se encontra a imagem do amor divino".

Se queremos conhecer nossa própria alma, precisamos olhar para Aquele que nos criou, para Aquele que, com um único sopro, pode dissolver todas as estrelas. "Ele é antes de todas as coisas, e tudo subsiste n'Ele" (Cl 1,17). Mas para isso, devemos quebrar todas as concepções errôneas sobre o Rei dos Exércitos, Aquele que tem o poder de dar e tirar a vida conforme Sua vontade. "O Senhor faz morrer e faz viver; faz descer à morada dos mortos e dela subir" (1Sm 2,6). Se Ele pode nos reduzir ao pó em um piscar de olhos, devemos reconhecer nosso devido lugar.

Quem sou eu para dizer que os outros não buscam o melhor para si? Quem sou eu para julgar-me mais sábio ou melhor por deter algum conhecimento? A posição que ocupo não me define, e o dinheiro que possuo não passa de papel efêmero. O maior de todos os homens foi manso e humilde de coração (Mt 11,29). Por que, então, eu não deveria ser?

O próprio Cristo sentou-se à mesa com aqueles que o mundo despreza—os pecadores, os pobres, os doentes, os rejeitados. "Os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mc 2,17). A pessoa que hoje ignoramos e julgamos indigna pode ser chamada de amigo por Deus, e aquele que desprezamos pode encontrar misericórdia aos olhos do Pai Celestial.

"O Senhor nos deu uma boca para bendizê-Lo e uma alma para amá-Lo", ensinava Santo Afonso de Ligório. Ele nos amou primeiro (1Jo 4,19), e devemos amá-Lo acima de tudo. Se O conhecermos verdadeiramente, seremos capazes de agir como Ele agiu, de ver o próximo com os olhos da caridade.

"Se te ferirem, cala-te; se falarem de ti pelas costas, cala-te; e lembra-te de que tua vida valeu o sacrifício de um Deus crucificado", recordava São João Bosco. Se teus problemas te inquietam, recorda o que Cristo sofreu por ti e confia n’Ele. Ele mesmo prometeu cuidar de tua ansiedade e de tuas preocupações (Mt 6,25-34).

"Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim" (Jo 14,1).

Mas, se desejas ser amado por Ele, não basta dizer "eu acredito"—essa é a parte mais fácil. Difícil é viver o que Ele pediu que vivêssemos. Como disse Santa Teresa de Ávila: "Quem tem Deus, nada lhe falta. Só Deus basta."

Não O amarás perfeitamente de imediato, nem compreenderás tudo de antemão. Mas ao buscá-Lo com sinceridade, conhecerás o que é perfeito, pois “ainda que agora vejamos como por espelho e de maneira obscura, então veremos face a face” (1Cor 13,12). Amarás com dificuldades, pois o amor se molda ao longo do tempo pela ação de Cristo, que nos ensina com paciência, como o oleiro que dá forma ao barro (Jr 18,6). É pelo desejo sincero de conhecê-Lo que nos aproximamos do Verbo, do Amor, do Eterno, do Grandioso, do Pai Celestial.

E não O encontraremos em crenças vazias, supersticiosas ou inconsistentes. Santo Agostinho já advertia: “Fizeste-nos para Ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em Ti.” O Pai não está em pedrinhas, papéis ou objetos insignificantes, pois Ele se revelou no sacrifício da Cruz, onde o Sangue do Cordeiro lavou os pecados do mundo. Ele fala na voz dos apóstolos e doutores da Igreja, na razão que Ele mesmo nos concedeu, na sabedoria dos santos que O serviram e, acima de tudo, na plenitude da Eucaristia, onde se dá a nós como alimento para a vida eterna (Jo 6,51).

Se desejas segui-Lo, então abandona as ilusões e renasce para o verdadeiro amor. Santa Teresa de Ávila dizia: “Nada te perturbe, nada te espante. Tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança.” Deixa para trás filosofias enganosas e as falsas verdades que te ensinaram, pois “haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas, sentindo coceira nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres conforme suas próprias paixões” (2Tm 4,3). Apaga tudo o que construíste sobre areia e edifica tua casa sobre a rocha firme (Mt 7,24-27), com os fundamentos estabelecidos pelo Pai, e não pelas ideologias dos homens e mulheres que jamais O amaram.

“Você realmente pensa ou apenas repete o que ouviu?” Pergunte-se isso sempre, com racionalidade e discernimento, pois “o que é verdade continua sendo verdade, mesmo que ninguém acredite nela; e o que é mentira continua sendo mentira, ainda que todos a aceitem” (Santo Tomás de Aquino). Não acredite cegamente em tudo o que escuta, pois há perigo nisso. O erro veste-se de sabedoria, o engano mascara-se de virtude, e pode te conduzir para aquilo que é obscuro e vazio, fazendo parecer que estás vivo quando, na realidade, já estás morto (Ap 3,1).

Para ir além — pois pode ser a última vez que te escrevo —, reflita: se um homem te dá um prazo, você simplesmente aceita? Se ele declara que te deseja e determina que te quer, você apenas diz "sim" e segue adiante para ver no que dá? “Talvez eu ame”, “talvez dê certo”, “talvez eu me apaixone”... E onde está, então, o amor que você sente por si mesma?

O que você realmente deseja não importa? Será submissa sem sequer dizer "não" e sem considerar o que, de fato, quer para sua vida? São João Crisóstomo nos lembra que “nenhuma coroa é tão esplêndida como a que é concedida por uma boa e santa vida em comum”. O amor não é incerteza, mas um reflexo do Amor divino. Onde está o teu amor-próprio, os teus sonhos, as tuas vontades e aquilo que verdadeiramente te faz feliz? O "talvez" não existe. Ou dá certo, ou não dá. Namoro não foi feito para se arrastar na incerteza, mas para revelar um caminho claro: ou se rompe de vez, ou se concretiza no matrimônio, sacramento sagrado diante de Deus e dos homens.

Aqueles que tentam construir outras formas de relacionamento ignoram a sabedoria e o verdadeiro amor, virando as costas para aquilo que realmente importa. Pois “o que Deus uniu, o homem não separe” (Mc 10,9), e todo amor que não se submete ao Senhor já nasceu condenado ao fracasso.

Viverás na corda bamba ou de forma segura e plena? A tua vida vale mais do que um simples “talvez”. Cristo nos ensinou: “Que vosso sim seja sim, e vosso não, não” (Mt 5,37). Pois não foste criado para a dúvida, mas para a verdade que liberta (Jo 8,32).

Para viver bem, esquece aqueles que passaram por tua vida sem nada deixarem de bom. O que, de fato, te ensinaram sobre a existência? Eles te falaram sobre o verdadeiro amor, sobre a caridade, sobre a eternidade? Demonstraram ser bons amigos, como aqueles que amam “em todo tempo” (Pv 17,17)? Se alguns te abandonaram, por que seguir alimentando sentimentos que nada constroem? “Esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim” (Fl 3,13). Se o que te entregaram foi vazio e cheio de erros, então deles só se pode tirar aprendizado — e apenas para não repetir o que foi ruim. O que é mau não se mistura com o que é bom, pois “um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gl 5,9).

Migalhas de bondade não significam grande coisa. Quem um dia tentou destruir tua vida por achismos e sem conhecimento verdadeiro não merece espaço em teu coração. São João Crisóstomo advertia: “Nada fere tanto a alma como más companhias.” Deixa partir o que não é amor e caridade. Perdoa, pois Cristo perdoou até na Cruz, mas não confundas perdão com conivência. Ama como a um semelhante, mas não como a um amor antigo que apenas te degradou. E se até mesmo tu cometeste erros, não os escondas — reconhece-os, aprende com eles e muda, pois “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar” (1Jo 1,9).

Queres te conhecer? Então conhece tua alma. Santo Tomás de Aquino ensinava que “a alma é mais conhecida por seus atos do que por sua essência”. Enxerga teus defeitos, tuas escolhas erradas e, acima de tudo, compreende melhor tua mente. Cuida dela com a ciência, pois a fé e a razão vêm do mesmo Deus. Não corras para achismos, nem para os que desprezam o conhecimento, pois “o meu povo perece por falta de conhecimento” (Os 4,6). Não sejas como aqueles que leem um único livro e se julgam donos da verdade, guiados por falsas ideologias e pseudociências. Muitos passaram a vida inteira estudando para curar almas e podem ser a ajuda enviada a ti.

Não desprezes aqueles que se dedicaram ao conhecimento, nem aqueles que lutaram para estar onde estão. Assim como um paciente precisa de um médico (Mt 9,12), o pecador precisa de Deus. E se alguém não pode dizer que Deus não serve para nada, tampouco pode ignorar que a mente e o corpo exigem cuidados. Pois fomos criados à imagem e semelhança d’Ele (Gn 1,27), e honrar esse dom significa cuidar de si com sabedoria.A mente humana é delicada como um vaso de argila nas mãos do oleiro (Jr 18,6). Não é tão forte quanto imaginas e, a qualquer momento, pode desmoronar. Reconhece tuas fraquezas, pois “o verdadeiro progresso da alma é reconhecer-se imperfeita” (São Padre Pio). Não sou eu quem deve apontá-las, mas aqueles que foram capacitados para isso. Não sejas cega ao julgar que sabes mais do que aqueles que estudaram para ajudar. E, acima de tudo, compreende: não podes tornar-te melhor sozinha. “A graça de Deus é absolutamente necessária para começar qualquer boa obra, para continuá-la e para terminá-la” (Santo Agostinho).

Mas não busques ajuda por causa de um homem ou para manter um relacionamento. Não mudes para agradar terceiros, mas para agradar os Céus. Muda porque é o melhor para ti. Se não ouves aqueles que realmente querem te ver salva, mas dás ouvidos a quem mal entrou em tua vida, que erro maior poderias cometer? “A verdade padece, mas não perece” (Santa Teresa d’Ávila), e o erro de muitos é ignorá-la quando vem de um amigo e aceitá-la quando dita por um estranho, apenas para criar um laço afetivo—que pode ser verdadeiro, passageiro ou abandonar-te sem aviso, fechando a porta em tua face.

Ouve a Deus, que te amou primeiro (1Jo 4,19). Ouve aqueles que te amam de fato. E, acima de tudo, ama a ti mesma de forma crítica e verdadeira, pois “conhecer-se a si mesmo é o princípio de toda sabedoria” (Santo Tomás de Aquino). Reflete e tem clareza sobre o que realmente desejas para tua vida.

Lê mais, conhece-te mais e abandona a ti mesma. Entrega-te à arte, busca terapias, e contempla Aquele que cobre o universo com as mãos e, se quisesse, poderia esmagá-lo, mas escolheu redimi-lo. Ele sabe todas as vidas que poderias ter vivido e todos os caminhos que poderias ter tomado. E, ainda assim, espera que escolhas a verdade e o bem maior de tua alma.

Quebra todo o teu ego. Busca servir, em vez de ser servida. Sê humilde, pois “a humildade é o alicerce de todas as virtudes” (Santo Agostinho). Teu cargo não significa nada para Deus, e teu sucesso não tem valor diante do Altíssimo. Os aplausos do mundo e o reconhecimento dos homens são vãos, pois “os olhos de Deus não se detêm no brilho do ouro, mas na pureza do coração” (São João Crisóstomo). O que Ele quer é o teu coração. O que importa para Ele não é o que tens, mas o que és. O que Ele deseja é o amor que podes dar a Ele. “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?” (Mt 16,26).

Teu trabalho não deve ser para tua própria glória, mas para honrar e servir as pessoas com amor. Ele pode te edificar e revelar Deus em tudo o que fazes, se colocares Nele tua confiança. O maior erro é pensar que teus inimigos são aqueles que buscam te prejudicar. Teu verdadeiro inimigo é invisível e, se quisesse, já teria feito o pior contra ti. “Pois nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso” (Ef 6,12).

Ama os teus inimigos e faze o bem a eles, pois “não se vence o mal com o mal, mas com o bem” (São João Bosco). Cristo amou os inimigos, os maus, os pecadores. E é o que somos: pecadores, necessitados da misericórdia divina. Somente Ele pode perdoar nossos erros.

E de que adianta o mundo te aplaudir se perderes tua alma para sempre? Serás melhor que aqueles que um dia tentaram te amar? Serás maior que os que te oprimiram? “A medida do amor é amar sem medida” (Santo Agostinho), e não amar para se provar superior. Não devemos ser melhores do que os outros para mostrar grandeza, pois isso é ilusão. Somos parecidos, ou um dia fomos como eles. E eles também podem mudar. “Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto” (Lc 6,43), mas um coração transformado por Deus pode dar frutos novos e abundantes.

"Por acaso pode ser maior o servo do que o Mestre?" (Jo 13,16). A tristeza e a dor podem ser caminhos para Deus; nenhum bem pode nos conduzir ao Pai Celestial com a mesma intensidade que o sofrimento nos leva aos pés de Cristo. Não seguimos apenas pela felicidade e alegria, mas também através de nossa cruz, pois, como disse São João da Cruz: "Para vir a ser tudo, não queiras ser coisa alguma". Não podemos escapar do sofrimento, mas Cristo, em Sua infinita misericórdia, dá o fardo que podemos carregar (Mt 11,30). Como então desejar apenas paz, alegria e riquezas se o próprio Cristo foi pregado na Cruz e sofreu mais que todos os que pisaram nesta terra?

Os nossos problemas não são tão grandes como imaginamos; muitos deles são frutos de nossas próprias escolhas. Mas o amor de Cristo rompeu os meus tendões e a minha audição. Eu O busquei fora, no mundo, mas Ele estava dentro de mim o tempo todo. "Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!" (Santo Agostinho). Ele me amou antes de tudo, com um amor que ultrapassa todo entendimento humano. Para compreender esse amor, é necessário conhecer Seu Santo Evangelho e seguir os passos daqueles que tentaram amá-Lo de todo o coração e se tornaram santos, amigos verdadeiros de Deus. São eles que nos conduzem ao Cristo, pois buscaram imitá-Lo, como Deus ordenou: "Sede santos, porque Eu sou santo" (Lv 11,44).

Este é quem me tornei e quem desejo me tornar cada vez mais. Os meus desaparecimentos consistem nisso: conhecer Cristo e estar unido a Ele. Minha morte, desde já, é dedicada a Ele. Não falo apenas para ti, mas para muitos. Não posso continuar sendo íntimo daqueles que não têm Cristo como Mestre e que não O amam. Posso ser colega e conhecido, mas íntimo, apenas Daquele que me guardará após a morte. "Já não vos chamo servos, mas amigos" (Jo 15,15). O que importa para mim é ser chamado de amigo por Cristo, meu Senhor e único Mestre.

Falo somente Dele porque minha vida consiste Nele. E de que adiantaria escrever sem citar Cristo? No fim, falei mais Dele do que de mim, porque Ele é o centro de tudo. Aprendo a ficar calado, a dizer apenas o necessário. "Se não for para falar bem, cala-te" (São Filipe Néri). A boca calada pode tornar-se santa, os olhos mortificados podem levar à santidade. Assim ensinam os santos, e assim tento viver. Só posso ser íntimo daqueles que desejam ser santos e que anseiam ser conhecidos por Cristo. A cada vez que falo do Pai, mais morro para o mundo e mais nego a mim mesmo. Meu desejo é tornar-me invisível aos homens e visível aos olhos de Cristo.

Desejo para ti o mesmo que desejo para mim e para todos: o amor do Pai. Que Ele chame cada um que conheço ao caminho da redenção e da salvação. O que vivo, desejo que todos experimentem e que vão ainda além. A vida é curta, e não sei até onde poderei ir. Que minha amada Mãe te cubra de amor e seja inspiração para ti e para todas as mulheres do mundo, e que os homens aprendam a vê-las com pureza e doçura, como Cristo viu Sua própria Mãe e tantas irmãs santas. "Amai a Virgem e fazei-A amada!" (São Padre Pio). Que um dia possas sentir o amor Daquela que tento ser filho e a quem desejo amar mais e mais. Nunca poderei amar a Mãe do Senhor como Cristo a amou, mas quero amá-La cada vez mais e servi-La bem. Peça a Ela, e Ela rogará por ti.

Que Cristo seja o amor de tua vida, acima de tudo. Que Ele te abençoe e abençoe tua família, teus amigos, conhecidos, colegas e todos que um dia passaram por tua vida. E se algum dia estive ao lado de alguém que precisa mudar, que Cristo o transforme, pois "ou seremos santos ou não seremos nada" (Santa Teresinha do Menino Jesus). Se não for pela bondade, que seja pelo sofrimento permitido pelo Pai para nos conduzir ao Seu amor, pois "Deus escreve certo por linhas tortas" (Santa Catarina de Sena). Ele não nos abandona: está contigo enquanto lês, enquanto sofres e enquanto te alegras.

Que tua vida um dia seja exemplo e transforme muitas almas. Que a graça de Cristo esteja contigo e com todos os que te cercam. "Omni tempore diligit, qui amicus est, et frater ad angustiam natus est" (Pv 17,17).

Aqui me despeço: que a Cruz Sagrada te guie! Totus Tuus, Maria!"


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