Os Porcos Fascistas

Meus dentes rangem, gritos

Abro as pálpebras trêmulas

E deparo-me, desassossegado

Com fumaças que abraçam o Brasil

Sinto o cheiro acre de cadáveres putrefatos

Meus perseguidores em cada esquina.


Vivemos em guerra há quinhentos sóis

Não encontro descanso

Encontro indígenas mortos, insepultos


Não somos felizes,

Ilusão grandiosa,

E por qual razão almejar a felicidade?

Nossa terra manchada está, de sangue derramado

Faminta, a corrupção nos consome

Estupro, vileza entranhada.


Sobrecarregados pela culpa

Ameaçados ininterruptamente pelos conservadores,

Caminhamos unidos através da guerra,

Arrancando o mal pela raiz,

Despedaçando, enfim, o fascismo.


Nossa América Latina há de reencontrar o sorriso,

E para sempre,

Sem sangrar em vão.


H.a.a.

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