A Desintegração

...

 Em meus passos cansados, meu corpo findou,

Meu coração, silenciado,

Por amar-te além do que suportou!

Já não és a razão de minha existência,

Enfastiado estou da fala envolta em aparência.


 Vislumbro apenas a mesmice de outrora,

Perambulo, disseminando amor pela palavra que aflora.

Enquanto tua aquarela se apaga ao vento,

Afundo-me na maré de tua monotonia, sem alento.


 "O amor é frágil, de essência fluída",

Ao ponderar sobre tal fato, a graça perdida,

Inventar um amor se esvanece no ar.


 E ao fitar teu íntimo, com sinceridade a implorar:

"Tudo pode desvanecer-se, tudo pode findar,

Quem és tu? Um vazio gélido e sem lar,

Recordo-me das sombras, de minha sina a pairar."


H.a.a.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ainda me lembro...

Diário de um católico: amizade sem Cristo é uma amizade vazia

O Abismo que Cavitei em Mim